Na garagem

Fui buscar o Fuscredo ontem no eletricista. Tudo parece estar funcionando (eu iria escrever "normal", mas estar funcionando não é bem o que podemos chamar de normal no caso do meu amigo de quatro rodas). O comando (ou chave) de seta é moderno, mas a qualidade é bem inferior ao original (bonitinho, mas ordinário). A ré deixou de funcionar e, como num passe de mágica, voltou a funcionar novamente. Preciso checar isso com certa urgência. Amanhã começam minhas férias e pretendo tirar o dia para comprar um capacete descente e dar uma geral no interior do Fuscredo (o coitado está imundo).

Freio, ré, roda e de volta ao eletricista

Bom, pedi ao mecânico para consertar a falta de freio de meu carro e a ré que não entrava. A ré voltou a funcionar sozinha depois que calibrei os pneus (calibrar os pneus foi um episódio à parte, pois foi um inferno conseguir retirar as tampinhas de segurança dos birros). Lá estava meu carro com o freio funcionando, mas algo de errado não etava certo: o volante puxava para o lado esquerdo e fumaça saía da roda do mesmo lado! O eixo central estava travando esta roda! Precisei gastar mais uma grana para o mecânico consertar isso. Levei o carro de volta ao eletricista para resolver o que eu havia pago para ser resolvido da primeira vez. Comprei um jogo de seta e o eletricista disse que já está tudo ok e que já posso ir lá buscar meu amigo (espero que desta vez tudo esteja realmente resolvido). Novidade: Fuscredo agora tem uma irmãzinha de dois aninhos. Comprei uma moto CG Fan 125 2008 (depois coloco fotos dela por aqui), acho que é a melhor opção para alguém como eu que não tem a menor prática em duas rodas, apesar de devidamente habilitado. Ainda não foram apresentados, mas espero que eles se entendam (o fusca é muito ciumento e temperamental). Ainda não coloquei nome nela, estou pensando em Fanfarra, mas aceito sugestões.

Eletricista

Eu deveria me profissionalizar como dublê ou coisa parecida devido a minha experiência em dirigir em situações adversas, sem falar no meu poder criativo para escapar dessas enrascadas. Já dirigi com o tanque de gasolina vazando e fui salvo por uma garrafa pet, já arrebentou o cabo do acelerador (algumas vezes) emantive a aceleração com um pedaço de papelão e controlei o carro só com a embreagem. Há uns meses tive um problema com o carro da minha mãe (não é só fusca que dá problema) quando quebrou alguma coisa na caixa de câmbio e precisei chegar em casa guiando o carro de ré. Quando eu decidi levar o Fuscredo para fazer a parte elétrica, perdi totalmente o freio e, quando o eletricista disse que o serviço estava pronto, fui buscar o carro ainda sem freio e agora também não funcionava a ré (esse carro sempre me surpreende).

Bom, no final das contas paguei R$ 160,00 e não fiquei satisfeito com o trabalho. O limpador de pára-brisa só está funcionando em uma velocidade, o comando de seta não desfaz automaticamente ao desfazer o jogo do volante e o voltímetro dispara sempre que acelero um pouco. Liguei para o eletricista e ele disse que consertaria tudo isso quando eu levar o carro lá novamente (ele fez o serviço já contando que eu voltaria lá mais vezes?). Também não gostei de ele ter tomado a liberdade de usar peças que ele mesmo recondicionou. Fui bem claro quando disse a ele para escrever o que eu precisava comprar e eu compraria tudo novo, mas ele diz que garante o serviço dele. Ele trocou um rolamento que me custou quase R$ 100,00. Estava novinho, mas ele jura que o defeito estava ali...
Cheguei em casa em segurança e a próxima etapa é consertar o freio e a caixa de marcha.
Até o próximo defeito!

De volta das cinzas

Eu confesso, sou apaixonado por meu fusca. Mas como resisti-lo? Só quem tem um fusca compreende esta paixão. Quantas histórias não passei dentro de meu desconfortável Volkswagen 1300 sedan. Quantas vezes chorei de ódio por conta de algum novo defeito misterioso em meu amigo. Já pensei em vendê-lo, abandoná-lo, destrui-lo... Mas o amor prevaleceu e estamos juntos novamente! Depois de quase dois anos parado na garagem, resolvi colocar meu possante pra rodar novamente (e só foi preciso recarregar a bateria e trocar as velas)! No momento ele se encontra no eletricista. O serviço já está pronto e só preciso buscá-lo. Triste foi levá-lo até lá, pois no caminho o cabo do freio se soltou e eu precisei ir brecando com o freio de mão (esse carrinho sempre me apronta). Valerá a pena esse esforço de colocá-lo de volta na ativa? Vamos acompanhar juntos minha labuta com meu velho companheiro. Este espaço é dedicado ao meu amigo Fuscredo (bem que ele merecia um apelido mais bonitinho) e a todos os afixionados pelo carro mais simpático e apaixonante do mundo!